Culto ministrado pela irmã Daniela Granado, em 22 de março de 2018.
Abraão, obediência sem limites
Gênesis 12: 1 a 3: Certo dia o Senhor Deus disse a Abrão: – Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei. Os seus descendentes vão formar uma grande nação. Eu o abençoarei, o seu nome será famoso, e você será uma bênção para os outros. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. E por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo.
Deus fez uma promessa sem igual para Abrão. Ele não só seria abundantemente abençoado como também abençoaria aos outros.
E Abrão era um homem obediente a Deus, como a Meire pregou na semana passada.
Nós também temos muitas promessas da parte do próprio Deus para nossas vidas, para nossa família, para nossa casa. Promessas de prosperidade, de que nada nos faltará, de que nossas necessidades serão supridas, de que nossos filhos e os filhos dos nossos filhos serão abençoados, de que teremos paz, de que nosso trabalho será prospero, de que nossa família será abençoada e feliz.
E assim como Abrão, nós também conhecemos ao Senhor, amamos ao Senhor, tememos ao Senhor e muitos de nós procuramos obedecê-lo.
O problema é que nós acreditamos em Deus, sabemos que Ele tem sempre o melhor para nós, mas deixamos nossa humanidade nos dominar.
Voltando para Genesis 12 Abrão, obedecendo à ordem do Senhor, saiu de sua terra, com sua esposa Saraí, seu sobrinho Ló e todas as suas riquezas e escravos e foram para Canaã. E passado algum tempo, houve grande fome em Canaã e Abrão foi morar com sua família no Egito.
(Gênesis 12: 11 a 16)
Ele obedeceu à ordem de sair da sua terra, com toda sua família e seus bens, para um lugar que ele nem fazia ideia de onde seria, mas ele achou que Deus não seria capaz de livra-lo das mãos dos Egípcio.
Onde é que Abrão perdeu a fé? Onde é que parou de depender exclusivamente de Deus? Quem foi que disse pra Abrão que Deus precisava de ajuda para resolver qualquer coisa que fosse necessária no caminho que o próprio Deus o mandou seguir?
E por causa da sua falha de confiança, por deixar sua “humanidade falar mais alto” ele pede a Sarai que minta se passando apenas por sua Irma – o que ela era mesmo por parte de pai – e ele viu sua própria esposa ser cortejada pelo rei e por todos os homens daquele lugar.
Ele poderia ter perdido sarai para o rei, se Deus não tivesse intervido.
E a sua decisão de ansiedade e insegurança, causou dor e sofrimento para aquele povo.
(Gênesis 12:17) – mas por causa de Sarai, o Senhor Deus castigou o rei e a sua família com doenças horríveis.
Lá na frente, novamente Abrão sede aos sentimentos humanos e sem buscar a Deus, aceita a proposta de Sarai para ter um filho com sua escrava Agar.
Mais uma vez, a precipitação humana, a falta de paciência e o não saber confiar plenamente no Senhor, trouxe dor e tristeza à casa de Abrão. E aqui ele precisou ver sua esposa Sarai sofrer e como consequência disso, viu seu filho Ismael ser expulso de sua casa.
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Eu cresci em uma família Cristã. A minha vida inteira eu ouvi das grandezas do Senhor, do Seu imenso e inexplicável amor, da sua bondade. Do quanto Ele nos quer bem e do quanto ele ama a família.
Mas por volta dos meus 20 anos, quando a musica “abro mão” foi lançada e logo chegou aqui, eu simplesmente me recusei a canta-la. Eu não conseguia cantar que eu “abriria mão dos meus sonhos, abriria mão dos meus planos, abriria mão da minha vida”. Lógico que Deus merecia tudo isso, mas eu desejo muito encontrar um grande amor, me casar, formar uma família linda, de conto de fadas. Eu fui criada e educada por meus pais para ser esposa, mãe, dona de casa, mas, e se Deus tivesse planos diferentes? E se ele quisesse que eu ficasse solteira?
Eu oro por meus filhos desde os meus 12 anos, depois de participar de um culto para jovens na comunidade da graça em que o pastor nos ensinou a orarmos por nosso ventre e por nossos filhos desde pequenos.
Mas e se Deus não quisesse me dar filhos? Tem tanta gente que não casa, que não tem filhos?
Eu desejava ardentemente ter uma família. Então, eu não poderia abrir mãos dos meus sonhos, abrir mão dos meus planos!
Ah, como a gente é bobo! Como somos pequenos diante da imensidade do Senhor!
E eu, ansiosa, sem paciência, sem saber esperar, impetuosa, achando que tinha que lutar… Lutei a luta que não era minha. Se eu tivesse orado, se eu tivesse talvez, ouvido o Senhor, sentado e esperado…. o meu amado teria vindo, o mesmo amado mas sem tantas lutas e lagrimas.
Se eu entendesse naquele tempo o versículo de Jeremias 29: 11 – Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.
Eu teria evitado tantos sofrimentos, tanto choro desnecessário, tantas brigas, tanta magoa que levaram anos para serem curadas, tantas marcas que custaram anos para serem deixadas para trás.
E quantos de nós agimos assim?
Quantos de nós fazemos planos para nossas famílias, decidimos sobre nosso casamento, decidimos sobre nossos filhos, sobre nosso lar como se Deus não fosse dar conta.
Acreditamos em Deus, amamos a Deus, servimos a Deus, mas nos deixamos dominar pela ansiedade, pela impaciência. E falamos quando não deveríamos falar, ou mais do que deveríamos falar. E brigamos quando deveríamos apenas dobrar nosso joelho. E agimos, quando Deus nos diz apenas para confiarmos.
Confiamos na nossa força, nos nossos “cavalos”. Achamos que precisamos brigar mostrar quem manda como dizem. Conquistar tudo pela força do nosso próprio braço.
Fazemos todos os planos, tomamos todas as ações e apenas oramos contando tudo pra Deus e esperando que Ele diga “amem”.
Quantas vezes ainda desconfiaremos do amor do Senhor para nossa família? Quantas vezes, como Abrão fez, causaremos dor, tristeza, sofrimento em nossos lares por “tentarmos ajudar a Deus”?
É chegado o tempo de amadurecermos em nossa fé e obediência e dependência do Senhor.
Precisamos confiar no agir do Senhor por completo em nossa família, em nossa casa, em nosso lar como Abraão fez quando Deus lhe pediu Isaque:
(Gênesis 22:1 a 13)
Precisamos chegar ao patamar de confiança que Abraão alcançou quando Deus lhe pediu a vida de Isaque. Precisamos crer que Deus tem sempre o melhor para nossa família e enquanto Deus não mandar não temos que tentar “ajudar”. Precisamos aprender a esperar no Senhor, orar e ouvir a Sua voz nos dizendo o que devemos fazer. Precisamos crer que ainda que não consigamos entender, Deus nos ama, ama nossa família e sempre terá o melhor para nós, como ele prometeu a Abraão:
(Gênesis 22: 15 a 18)
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