(João 16.16.) “Um pouco, e não mais me vereis; outra vez um pouco, e ver-me-eis.”
INTRODUÇÃO
“O que será que Ele quer dizer com esse “um pouco’ e não mais o veremos, e outra vez um pouco e vê-lo-emos de novo?” indagavam os discípulos. (17)
Após a crucificação de Jesus os discípulos se viram mergulhados em um misto de temor e tristeza.
E em meio a comoção dos acontecimentos, esqueceram-se da profecia de Jesus Cristo, de que no terceiro dia ele ressuscitaria. (Lucas 9:22) “O Filho do Homem deve sofrer muitas coisas e ser rejeitado pelos anciãos, principais sacerdotes e mestres da lei, e deve ser morto e no terceiro dia ser ressuscitado para a vida”.
Abatidos pela dor, não se lembravam de que “…um pouco mais e eles o veriam outra vez.”
Os discípulos não se lembraram da promessa e por isso sofriam, mas a verdade era que Deus estava trabalhando.
Ele havia estabelecido um plano e era preciso executá-lo. Havia um objetivo a ser alcançado no espaço de tempo que decorria entre sua morte e o momento em que o veriam de novo.
A senha é: Deus está trabalhando! Durante aquele doloroso período de espera. Deus estava operando de modo maravilhoso.
Derrotando principados e potestades que conservavam o homem em prisão. Estava assentando as bases da salvação que seria conhecida em todo o mundo. Era um momento de espera, um tempo de dores, mas Deus agia.
Deus tinha um propósito para os discípulos naquela fase: desejava realizar uma obra em suas vidas.
Queria que eles se apropriaram da promessa feita por Cristo de que os veria novamente, e vivessem pela fé, embora não o vissem pessoalmente.
Portanto, era duplo o seu objetivo naquilo tudo: ele punha em ação o plano, em sua própria esfera de atividades ao mesmo tempo que a fé e a confiança dos discípulos eram edificadas.
Todo cristão experimenta esses períodos de pausa em sua vida, são ocasiões em que lhes parece que Deus se afastou deles, e nas quais têm que suster-se pela fé, até que o Senhor ressurja.
O modo como encaramos esses intervalos sombrios determinará se o resultado será positivo ou negativo.
Tudo depende de nossa atitude: ou nós entendemos seu significado, ou, apenas, nos sujeitamos às circunstâncias e perdemos a oportunidade de dar glórias a Deus.
Jesus definiu muito bem o propósito divino para tais períodos, quando disse: “Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar.” (João 16:22)
Ao vivenciarmos momentos difíceis Deus espera de nós confiança, crédito em Sua Palavra.
O que precisamos nesses momentos é lembrar que: Deus não está parado; está atuando.
Nenhuma outra promessa, nenhuma outra verdade poderá reanimar nosso coração, trazendo nova confiança, como a certeza de que Deus está agindo e a nosso favor. (Romanos 8:28) “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito”.
De que é que precisamos, então, para sermos vitoriosos nessas “esperas” da vida? (Momentos de lutas)
Primeiramente, precisamos de conhecimento básico. Precisamos saber que o Senhor tem um plano, e que ele está agindo. Existe realmente um propósito em cada aflição por que passamos.
Em segundo lugar, temos que confiar. Temos que nos apegar a esse conhecimento básico e confiar na Palavra de Deus.
E por último precisamos perseverar. ficar firmes em nossa posição de confiança na Palavra de Deus que diz: (Hb 10:35 e 37) “Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. pois em breve, muito em breve “Aquele que vem virá, e não demora.”
Os discípulos haviam recebido informação acerca da ressurreição do Senhor, mas não se apropriaram dela.
A fé dos discípulos estava firmada no contato direto que haviam mantido com Jesus.
Embora a presença de Jesus fosse uma realidade maravilhosa, a lembrança dela não bastava para ajudá-los a transpor aquele período de espera. Eles precisavam de conhecimento específico da Palavra de Deus.
Vimos acontecer isso com os dois discípulos que iam a caminho de Emaús, no entardecer do dia da ressurreição. Jesus colocou-se ao lado deles, e perguntou-lhes: “Por que vocês se mostram tão desanimados?” Responderam-lhe que Jesus fora crucificado, e que esperavam fosse ele quem havia de redimir a Israel. (Lucas 24:13-35)
Jesus então explica as Escrituras a eles, demonstrando-lhes, pela Palavra de Deus, como o sofrimento do Messias era parte essencial do plano divino, e que por esse plano Jesus entraria em sua glória.
E enquanto o Mestre lhes revelava essas verdades o entendimento penetrava no coração deles ao ponto de sentirem seu interior arder de forma estranha.
O problema deles é que careciam de informações específicas acerca do plano de Deus.
Quando passamos por um desses períodos de provação ou tribulação, não podemos desanimar e nunca desistir.
CONCLUSÃO
Um missionário que trabalhava no Paquistão escreveu certa vez o seguinte: “As condições de vida aqui são muito primitivas. É muito difícil para um ocidental sobreviver neste clima, para se mencionar apenas a questão da saúde.” Disse ainda; que se não estivesse certo de que Deus o enviara para lá não suportaria viver ali.
O mesmo pode se dar conosco. O que torna nossas dificuldades toleráveis é justamente o fato de sabermos com certeza que Deus nos colocou em tal situação e está executando seu plano.
“Os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” (Isaías 40.31.)
COMUNIDADE CAMINHO DA PAZ
Maria Granado Pastora
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